Minha idéia ao criar este blog é de compartilhar com amigos e aqueles que porventura tenham interesse, pensamentos, princípios e práticas simples que podem gerar resultados (nos diferentes papéis que exercemos na vida), mas sem perder de vista a idéia central:COLOCAR A MINHA, A SUA, A NOSSA CRIATIVIDADE EM ATIVIDADE, PORTANTO CRIATIVE-MO-NOS TODOS! Vivian Broge

terça-feira, novembro 29, 2005


A cada ano ficamos mais sábios ou mais velhos?

Estava "zapeando" na TV e parei no seriado Sex in City e tive uma grande surpresa. Não é que a Sara Jéssica Parker (protagonista), em meio às baboseiras e lugares comuns típicas dessa classe de programa, tem uma super sacada de natureza filosófica: A cada ano ficamos mais sábios ou mais velhos?, diz a personagem.
Bem, vocês devem estar se perguntando, porque filosofar sobre isto? Vou sacar Aristóteles para me ajudar a responder: "Deve-se filosofar, ou não se deve: mas para decidir não filosofar é ainda e sempre necessário filosofar; assim, pois, em qualquer caso, filosofar é necessário"(Protréptico).Em tese, deveríamos ficar mais sábios e inexoravelmente mais velhos também...o fato é que refletindo sobre o Brasil não me parece que estejamos ficando mais sábios... a água do mundo deverá deflagrar guerras no futuro, devido a sua escassez... (detalhe que somos uma das maiores reservas naturais) e nós continuamos a gastar água de maneira indiscriminada...no máximo penso nisto quando decido encher meu ofurô para um banho relaxante...sic...o petróleo deverá acabar em aproximadamente 100 anos e o Brasil fica voltado para a obscena política nacional...suas cuecas e afins, enquanto poderia destacar-se pela produção do bio-disel que, aliás, dizem ser menos poluente...o IBGE publica uma pesquisa dizendo que o número de miseráveis diminuiu no Brasil, agora são apenas 25 milhões...Será que estamos ficando mais sábios? Acho que como nação somente estamos ficando mais velhos. VB

domingo, novembro 20, 2005


SOMOS UM DEIXAR DE SER
Na sexta-feira comecei um curso rápido (3 sextas-feira) que tem por mote focar o desejo e o consumo na perspectiva filosófica.
Como tenho um apetite voraz de conhecimentos achei a proposta bacana e me vi em um auditório ouvindo sobre diversos filósofos, dentre os quais gostaria de citar Platão e Espinoza.
Na perspectiva platoniana o desejo “se dá na falta do objeto desejado”. Para ele, o desejo pressupõe, é um indicador, revela a falta. Como nosso corpo esta em desequilíbrio endêmico, estamos sempre desejosos da mesma maneira que incompletos.
Nesta ótica, a felicidade é uma busca incansável e impossível, pois nosso corpo é um eterno escravo da carência e do desejo. Para a Platão a felicidade só é possível no mundo das idéias.
No sábado, em almoço com alguns artistas plásticos falamos sobre a vida na Suécia onde as pessoas se aborrecem por não ter com que preocupar-se. Fiquei pensando se Platão na Suécia se sustentaria pela falta da falta ou se de fato não se sustentaria. Ainda não cheguei a nenhuma conclusão... acho que vou questionar o facilitador do curso.
Bem, mas voltemos ao curso e particularmente a Espinosa. Esse sim me pareceu um sujeito mais otimista e vale dizer, que em outro artigo mencionei que acredito que o mundo é dos positivistas. Na ótica de Espinosa somos parte do todo, ou melhor dizendo, da natureza.
Para Espinosa, só existe o aqui, o real, não há mundo das idéias, não há hierarquia de felicidade e aqui, no mundo sensível, a felicidade pode ser cogitada. Para ele, nossa existência é baseada nos encontros com o mundo, podendo estes agrandar ou apequenar nossa potência de agir. Cada encontro com o mundo é um evento singular que pode desestabilizar-nos ou alavancar-nos.
O verbo voltar para Espinosa, não existe, de maneira tal que você quando retorna a sua casa após um dia de trabalho é um sujeito diferente do que saiu, devido aos encontros com o mundo e suas interferências. Aí, pensei na gestão de pessoas que da mesma maneira, nós como líderes representamos o encontro com o mundo e o impacto que causamos nos demais pode de mesmo modo, apequenar ou engrandecer nosso liderados. Aí me lembrei do texto anterior sobre feedback e fui mais além e lembrei-me de Milton Nascimento “todos os dias é um vai e vêm, a vida se repete na estação, tem gente que chega pra ficar, tem gente vai para nunca mais. Tem gente que foi e quer voltar, tem gente que vai e que ficar...tem gente a sorrir e a chorar, e assim chegar e partir...são só dois lados da mesma viagem o trem que chega é o mesmo trem da partida. A hora do encontro é também despedida a plataforma desta estação é a vida deste meu lugar... é a vida deste meu lugar... é a vida.” e aí voltamos a Espinosa “somos um deixar de ser”. VB

domingo, novembro 13, 2005


FEEDBACK: UMA NECESSIDADE DO SER HUMANO

Esta semana, fui ao Chile ministrar um treinamento de Liderança. O encontro reuniu as lideranças de três países: Chile, Peru e Equador.
O modelo instrucional escolhido contemplou atividades vivenciais (sempre acompanhadas de discussões que faziam links com as atividades que desempenhamos diariamente nas empresas), exposição dialogada de conteúdo, prática de conceitos, filmes e outros recursos didáticos e ... uma AVALIAÇÃO 360 graus.
Tudo caminhava muito bem, até o momento da entrega das referidas avaliações que, em tese, deveriam ser a fotografia das percepções do chefe, pares e subordinados que de maneira menos estruturada já deveriam ser conhecidas por nós. Pois é, a humanidade caminha a passos largos na esfera da tecnologia, mas parece que a gestão de pessoas não acompanha este mesmo ritmo.
Em pleno ano 2005, com toda a oferta de conhecimentos disponíveis nos mais variados meios, ainda não somos capazes de oferecer FEEDBACK aos nossos colaboradores! Pois é, toda uma equipe prostrada diante de um feedback de baixo desempenho que nunca lhes foi dado até o referido evento. Bem, analisemos... Em primeiro lugar se toda uma equipe tem baixo desempenho o problema é o gestor, que além de não desenvolver suas pessoas, me parece compactuar com a mediocridade.
Além disto, a base de uma liderança é a comunicação e dentro desta o feedback.
Feedback é a base de todas as relações interpessoais. É o que determina como as pessoas agem, pensam, sentem, reagem em relação aos demais. Na amizade buscamos feedback..., no casamento idem..., o artista busca o feedback do público e da crítica e no trabalho nas empresas não é diferente!
A lealdade de nossos funcionários para com a organização é, em grande parte, determinada pelos retornos que as pessoas tem em relação ao seu trabalho.
Se o feedback lhe é negado será que você tomaria iniciativa em seu trabalho? Se fazer um “bom” ou “mal” trabalho propiciam o mesmo retorno, ou melhor, nenhum retorno ainda assim buscaria superação? Neste contexto, qual seria a possibilidade de você recusar uma oferta de outra empresa?
Feedback é importante para todos nós, precisamos dele para sermos mais produtivos.
O custo da ausência de feeback ou a existência somente do feedback corretivo tem um custo alto para as organizações: perda de talentos, clima organizacional desfavorável, equipes reativas ou passivas, desmotivação, baixa capacidade de inovação, etc...
Oferecer feedback eficiente (focado no reconhecimento ou na melhora de desempenho ou ainda na mudança de comportamentos) é uma das mais poderosas técnicas de comunicação. Quando desenvolvemos nossas habilidades de feedback, estabelecemos um processo de compreensão, respeito e confiança. É esse o grande poder que detém os gestores que não somente conhecem estes conceitos básicos de liderança, mas que de fato os aplicam.
VB

segunda-feira, novembro 07, 2005


O SUCESSO É DOS POSITIVISTAS

Hoje estive na HSM Management (Renomado congresso para executivos) e tive a oportunidade de assistir, entre outros, o Rudolph Giuliani (ex prefeito de Nova York).
As idéias por ele expostas não são novas, mas sua abordagem é reforçada pelo que chamo de dois Cs do líder: CARISMA e CARÁTER.
Prícipios Chaves da Líderança, segundo R. Giuliani:
"1) Para ser líder é preciso conhecer a si próprio, ter filosofia e valores claros;
2) Para ser líder, é preciso ser otimista. Ninguém segue um pessimista.
3) Para ser líder, é preciso ter coragem. A coragem não é a ausência do medo, e sim a capacidade de controlá-lo e superá-lo.
4) Para ser um líder, é preciso preparar-se, e na medida do possível, prepara-se para o pior.
5) Para ser líder, é preciso saber trabalhar em equipe. Uma boa equipe é aquela em que as fraquezas, inclusive as do líder, são reciprocamente compensadas.
6) Para ser um líder, é preciso ser um bom comunicador. Os líderes "gostam" das pessoas, apreciam sua relação com os outros. Esse é seu principal ponto forte."
Após a palestra, me peguei pensando em algo que sempre tive como uma máxima pessoal: Para trabalhar em treinamento o profissional precisa ter ESPERANÇA, ter uma forte VISÃO e POSITIVISMO. Aí , me dei conta que praticamente é o mesmo que precisa ter o líder. E porque? Porque quando estamos na frente de pessoas compartilhamos o sonho organizacional e oxalá o nosso sonho (que deveria ser congruente) e isto independente da "patente" que carregamos no crachá! O sucesso certamente é dos positivistas, portanto pense se você é daqueles que passa pela vida reclamando... VB

domingo, novembro 06, 2005

VALORES ESSENCIAIS
"Muitas vezes as pessoas tentam viver suas vidas de trás para frente; tentam ter mais coisas ou mais dinheiro para fazer com mais intensidade o que desejam, a fim de ser mais feliz. O modo como a coisa realmente funciona é inversa. Você precisa primeiro ser o que realmente é, depois fazer o que realmente precisa fazer, de modo a ter o quer". Margaret Young

Na semana passada ministrando um treinamento baseado no best seller de S. Covey "7 hábitos das pessoas altamente eficazes", mais uma vez, tive a oportunidade de comprovar o quanto a
" psicoesclerose" (endurecimento de atitudes) decorrente das imposições da mídia de massa na sociedade de consumo e seu código atitudinal pervertido levam as pessoas a tornem-se "cegas" para aquilo que realmente importa, ou em outras palvras, seus valores essenciais.
Parafraseando o autor, propus um exercício no referido treinamento: pedi que os participantes através de visualização mental se transportassem para seu enterro, onde 3 pessoas que foram muito presentes em sua vida dariam um depoimento contando para os demais quem foi o "desencarnado".
Na maioria das vezes, os treinandos se deparam com uma dura verdade: damos maior importância na vida para coisas de menor importância. Foram muitos os treinandos que afirmaram que família, voluntariado, auto-desenvolvimento, espiritualidade, entre outros príncipios e diretrizes essenciais para as pessoas não seriam mencionadas, porque na prática estes mesmos treinandos dedicam pouco ou nenhum tempo para isto. Pense nisto...
"Life is short...Carpe diem!" VB

sábado, novembro 05, 2005

FOGUEIRA DE VAIDADES CORPORATIVAS

Olhe para os lados ... você verá que muitas vezes talentos, potenciais e profissionais estão nas corporações alimentando seus baús pessoais de boas práticas e travando-os com cadeados ainda maiores que seus egos. Haverá espaço para multiplicadores de boas práticas? Será esta uma espécie quase extinta, na fogueira de vaidades corporativas?
Segundo Simon Franco em seu livro o profissionauta “a busca da diferença é a forma pela qual as empresas, em diversas épocas, obtiveram seus maiores êxitos. Hoje, a diferença competitiva não pode mais ser obtida com estrutura e pelas estratégias empresariais: ela depende do talento dos profissionais”.
Estamos na era do talento, época que privilegia a inovação, diferenciação inclusive dos talentos. Será que nesta competitividade globalizada que estamos inseridos as idéias e melhores práticas capazes de diferenciar as empresas tornaram-se o ouro dos tolos?
Se a diferenciação é mensurável então, não seria muito mais lógico e, por que não dizer, inteligente, multiplicarmos nossas idéias ao invés de apenas nos vangloriar delas?
Mais que a implantação de uma idéia bem sucedida, teríamos várias e o tal baú pessoal de boas práticas ameaçaria não fechar de tão lotado de realizações. Ah...mas somos seres humanos, dotados de alguns comportamentos por vezes inexplicáveis. Nosso egoísmo e/ou competitividade exacerbada acabam por tornar-nos predatórios ao crescimento de nossas organizações e muitas ao nosso próprio mesmo.
Repensemos nossas atitudes e nos libertemos. Uma idéia multiplicada além de eficaz pode conferir a seu autor visibilidade relativa ao número de sucessos alcançados com a mesma.
Kotler, Stoller e Rein advertém “muitos aspirantes acreditam que só por possuir uma boa atitude, motivação e habilidades básicas, eles podem escalar a pirâmide da visibilidade, mas, estes três elementos mal permitirão a entrada do profissional, na maioria dos setores. Para efetuar a transformação necessária para obter a alta visibilidade, um aspirante precisa ter talento”.
E para obtermos as almejadas equipes e organizações de alto desempenho precisamos de talentos e suas idéias multiplicadas, mobilizadas.

Vivian Broge