Minha idéia ao criar este blog é de compartilhar com amigos e aqueles que porventura tenham interesse, pensamentos, princípios e práticas simples que podem gerar resultados (nos diferentes papéis que exercemos na vida), mas sem perder de vista a idéia central:COLOCAR A MINHA, A SUA, A NOSSA CRIATIVIDADE EM ATIVIDADE, PORTANTO CRIATIVE-MO-NOS TODOS! Vivian Broge

domingo, fevereiro 12, 2006

Quem Somos Nós?
Domingão, fomos ao cinema assistir ao documentário que dá nome a esta postagem(What The Bleep do we Know?, 2005).
O filme coloca em discussão premissas essenciais da vida, originadas de uma análise fundamentada na física quântica, religião, psicologia e filosofia.
14 cientistas e místicos elucidam, a luz das ciências acima descritas, perguntas tais como: De onde viemos? Qual o verdadeiro sentido da vida? Como nossos pensamentos influenciam a nós mesmos e os que nos rodeiam? O que é Deus? etc..
Como já citei em outra postagem, tenho especial interesse por filosofia e ainda maior pelas potencialidades humanas, que assim como no documentário, considero pouco desenvolvidas. Apesar de discordar com parte da teoria apresentada, no que tange a existência de uma realidade criada por nós (há que ver o filme para melhor entender) concordo que o conhecimento do ser humano e suas interelações com o espaço é a verdadeira iluminação. É interessante pensar que apesar de não ter nenhum conhecimento sobre a física quântica muitas das questões abordadas já foram de alguma maneira por mim (e muitos de meus amigos) discutidas. Por exemplo, o abismo que separa a ciência dos dogmas religiosos. Estou atualmente lendo o livro Blink (M. Gladwell) que aborda o poder da cognição rápida e os mistérios do inconsciente humano. A cada página que leio e, somadas as pesquisas que estou realizando sobre inteligências multiplas aplicadas, tenho mais e mais a sensação de nada saber sobre a mente. O filme de alguma maneira explica minha angústia, dizendo que Buda ou Jesus Cristo só foram diferentes de nós por que encontraram a iluminação que só o conhecimento pode ascender. Será? Como pretensa estudiosa que sou: dúvido! E você? VB

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Em busca do Caravaggio

Passei alguns dias de janeiro passeando pela Europa (para ser precisa: férias de 20 dias em Roma e Paris), na companhia de meu esposo (Mauro Piva, artista plástico) e dois amigos (Rogério Degaki, artista plástico e Amélia Bayoud, gerente de RH).
Dado o inegável interesse de meus companheiros viajantes pelas artes plásticas (não vou negar...também gosto um bocado!) fizeram parte de nosso roteiro de visitação muitos museus, mostras de arte e em se tratando de Europa Igrejas!
Bem, em nossa curta passagem por Roma (5 dias) fomos personagens de uma verdadeira busca....não pelo Santo Graal, mas pelo Maravilhoso Caravaggio. Um amigo nos havia recomendado visitar dois quadros do pintor Caravaggio em seu lugar de origem (dois dos poucos que ainda permanecem no local para o qual foram confeccionados) uma igreja na Piazza Popolo.
A busca teve momentos hilariantes: primeiro encontravamos todos os monumentos target, menos a dita praça. Depois encontramos a praça que estava rodeada de igrejas (se não me engano 3). Em busca do Caravaggio, entrei em uma das igrejas em meio a uma missa de corpo presente...sic....e apesar da comoção no local...certamente não era pelo vislumbre do dito Caravaggio.
Depois de muito consultar os diveros guias que dispunhamos, encotramos a dita igreja que na verdade mais permanece fechada do que aberta...depois de 4 tentativas (leia-se 3 dias) pudemos entrar na Igreja em busca do Caravaggio...a Igreja esta meio na penumbra...(natural, afinal estamos em meio a um relato de suspense) e já cabisbaixos nos dirigíamos a saída quando Amélia comovida (com vontade de gritar para que voltassemos...mas afinal estavamos dentro de uma igreja) localizou a luz que permitiu a localização do Caravaggio...maravilhoso...ali estavam as pinturas em meio a outras de menor valor e graça.
Depois do deleite propiciado pelo final da busca me fechei em pensamentos...pensamentos tais como: Como é muito mais difícil para um brasileiro ser "erudito" do que para um europeu! No mínimo, nossos ilustres colegas já tem a sua disposição história e arte, e isto, sem pagar um tostão (tudo bem para complementar há que dispor de alguns euros...fica aqui o exemplo do Coliseum 10 euros a entrada - aproximadamente R$30,00). Pois é, nestes dias de visita mergulhamos no esplendor da civilização Romana, com "cápitulos" destinandos ao Direito, a História e as Artes...Para nós brasileiros, filhos de uma colônia de exploração, a imersão nestes "cápitulos" da história da humanidade esta na maioria das vezes destinada somente aos pertencentes ao 5,5% dos classificados como top da pirâmide ecônomica tupiniquim (com raras exceções).
Os colégios no Brasil, raramente, visitam museus...sic (bem novamente com exceção para os particulares frequentados pelos filhos daquele pessoal top da pirâmide). Em nossas idas ao encantador Luvre (sem entrar no mérito da ética ...ops roubos ops...de Napoleão que valem outra postagem) sempre nos deparavamos com excursões de outros países da Europa e Ásia em busca do refinamento cultural que é condição sine qua nom para a erudição. Para finalizar trago ao Blog Monteiro Lobato que dizia que um país se faz com homens e livros... e eu ouso adicionar viagens e museus. VB