Minha idéia ao criar este blog é de compartilhar com amigos e aqueles que porventura tenham interesse, pensamentos, princípios e práticas simples que podem gerar resultados (nos diferentes papéis que exercemos na vida), mas sem perder de vista a idéia central:COLOCAR A MINHA, A SUA, A NOSSA CRIATIVIDADE EM ATIVIDADE, PORTANTO CRIATIVE-MO-NOS TODOS! Vivian Broge

domingo, novembro 20, 2005


SOMOS UM DEIXAR DE SER
Na sexta-feira comecei um curso rápido (3 sextas-feira) que tem por mote focar o desejo e o consumo na perspectiva filosófica.
Como tenho um apetite voraz de conhecimentos achei a proposta bacana e me vi em um auditório ouvindo sobre diversos filósofos, dentre os quais gostaria de citar Platão e Espinoza.
Na perspectiva platoniana o desejo “se dá na falta do objeto desejado”. Para ele, o desejo pressupõe, é um indicador, revela a falta. Como nosso corpo esta em desequilíbrio endêmico, estamos sempre desejosos da mesma maneira que incompletos.
Nesta ótica, a felicidade é uma busca incansável e impossível, pois nosso corpo é um eterno escravo da carência e do desejo. Para a Platão a felicidade só é possível no mundo das idéias.
No sábado, em almoço com alguns artistas plásticos falamos sobre a vida na Suécia onde as pessoas se aborrecem por não ter com que preocupar-se. Fiquei pensando se Platão na Suécia se sustentaria pela falta da falta ou se de fato não se sustentaria. Ainda não cheguei a nenhuma conclusão... acho que vou questionar o facilitador do curso.
Bem, mas voltemos ao curso e particularmente a Espinosa. Esse sim me pareceu um sujeito mais otimista e vale dizer, que em outro artigo mencionei que acredito que o mundo é dos positivistas. Na ótica de Espinosa somos parte do todo, ou melhor dizendo, da natureza.
Para Espinosa, só existe o aqui, o real, não há mundo das idéias, não há hierarquia de felicidade e aqui, no mundo sensível, a felicidade pode ser cogitada. Para ele, nossa existência é baseada nos encontros com o mundo, podendo estes agrandar ou apequenar nossa potência de agir. Cada encontro com o mundo é um evento singular que pode desestabilizar-nos ou alavancar-nos.
O verbo voltar para Espinosa, não existe, de maneira tal que você quando retorna a sua casa após um dia de trabalho é um sujeito diferente do que saiu, devido aos encontros com o mundo e suas interferências. Aí, pensei na gestão de pessoas que da mesma maneira, nós como líderes representamos o encontro com o mundo e o impacto que causamos nos demais pode de mesmo modo, apequenar ou engrandecer nosso liderados. Aí me lembrei do texto anterior sobre feedback e fui mais além e lembrei-me de Milton Nascimento “todos os dias é um vai e vêm, a vida se repete na estação, tem gente que chega pra ficar, tem gente vai para nunca mais. Tem gente que foi e quer voltar, tem gente que vai e que ficar...tem gente a sorrir e a chorar, e assim chegar e partir...são só dois lados da mesma viagem o trem que chega é o mesmo trem da partida. A hora do encontro é também despedida a plataforma desta estação é a vida deste meu lugar... é a vida deste meu lugar... é a vida.” e aí voltamos a Espinosa “somos um deixar de ser”. VB

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Mas que blog bonito! Muito bem meu amor.
Posso fazer uma propaganda boca-a-boca com você?
Te amo Mauro.

10:15 AM

 

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